Nome: Um mais um
Autor(a): Jojo Moyes
Páginas: 320
ISBN: 10: 8580576547
Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: 2015
Comprar: Saraiva,
Submarino
Há dez anos, Jess Thomas ficou grávida e largou a escola para se casar com Marty. Dois anos atrás, Marty saiu de casa e nunca mais voltou. Fazendo faxinas de manhã e trabalhando como garçonete em um pub à noite, Jess mal ganha o suficiente para sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky, que ela cria há oito anos. Jess está muito preocupada com o sensível Nicky, um adolescente gótico e mal-humorado que vive apanhando dos colegas. Já Tanzie, o pequeno prodígio da matemática, tem outro
problema: ela acabou de receber uma generosa bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar a diferença. Sua única esperança é que a menina vença uma Olimpíada de Matemática que será disputada na Escócia. Mas como eles farão para chegar lá?
Enquanto isso, um dos clientes de faxina de Jess, o gênio da computação Ed Nicholls, decide se refugiar em sua casa de veraneio por causa de uma denúncia de práticas ilegais envolvendo sua empresa. Entre ele e Jess ocorre o que pode ser chamado de ódio à primeira vista. Mas quando Ed fica bêbado no pub em que Jess trabalha, ela faz questão de deixá-lo em
casa, em segurança. Em parte agradecido, mas principalmente para escapar da pressão dos advogados, da ex-mulher e da irmã — que insiste em que ele vá visitar o pai doente —, Ed oferece uma carona a Jess, os filhos e o enorme cão da família até a cidade onde acontecerá o torneio.
Começa então uma viagem repleta de enjoos, comida ruim e engarrafamentos. A situação perfeita para o início de uma história de amor entre uma mãe solteira falida e um geek milionário.
Sabe quando você lê um livro e pensa assim: Putz, esse é um livro que eu gostaria de ter escrito!...então, “Um mais um” é desses. Que livro bacana, leitores. Bem, como não fui a autora dessa beleza, vamos à ela: Jojo Moyes.
A Jojo Moyes é uma autora jovem, que normalmente, trabalha os núcleos de personagens, não se atém a somente uma pessoa nas suas obras, e nesse livro utiliza o recurso da narração onisciente em alguns momentos (o narrador onisciente é aquele que sabe o que se passa nos pensamentos e emoções dos personagens e é um recurso muito valorizado pelos autores porque facilita a compreensão de quem lê. Viu?! Cultura pura rsrs) e em outros a narração em 3ª pessoa. Também alterna a narração entre os personagens, assim não fica maçante e nem ficamos tentando adivinhar o que os demais estão pensando/sentindo.
Jojo Moyes é uma autora que eu gosto, embora, um dos livros de autoria dela que li, “A última carta de amor”, eu abandonei porque achei muito arrastado, mas, vou retomar, porque nem só de prazer se constrói uma bagagem literária, não é não?!
Dificilmente leio críticas negativas ao trabalho da Jojo, aquelas ame-a ou deixe-a, sabe?!Uns gostam de uns títulos e não gostam de outros, ouço as pessoas falarem muito a respeito de outro livro dela, “ Como eu era antes de você”, que apesar da desidratação que me causou por conta das excessivas lágrimas, eu gostei e muito, mas, na minha humilde opinião, “Um mais um” o supera.
Sabe por que, leitores? Não há aquele clichezão fatídico da morte pairando sobre as cabeças dos personagens... você pensa que a história vai desenrolar de uma forma e ela vai por um outro caminho muito mais bonito, mais denso...uma história realista, que podia acontecer com aquela sua vizinha gente boa que trabalha à beça, sabe... ou então com aquele amigo do seu irmão nerd, meio tapado que foi rejeitado quando era adolescente e agora acha que um “bom dia” é sinal verde rsrs
A Jess é uma mulher comum, que decide arcar com suas responsabilidades ( o que já me fez gostar dela logo de cara) , mas que permite que o ex marido a sobrecarregue por achar que ele está passando por uma fase ruim ( o que me deu vontade de sacudi-la, porque, por favor... benevolência têm limites). Também a relação de amor que ela tem com os filhos, um enteado numa fase difícil , que ela escolheu cuidar mesmo não sendo responsabilidade dela. E uma filha fofa, geniazinha da matemática. A garra que a Jess tira do caos pra fazer o melhor possível para os filhos é encantadora! Fora que ela é uma mãe bacana, daquelas que não se esquece de como se sentia quando era criança e adolescente, e isso a aproxima dos filhos...a Jess é gente de verdade.
Já o Ed é daqueles adultos que se esqueceram de amadurecer...foge de tudo, do pai doente, da ex mulher, da verdade e de si mesmo. Um geek que deu certo. Constrói uma empresa com o melhor amigo, que posteriormente é comprada por uma corporação, e por conta do envolvimento com uma mulher, nem tão envolvente assim, acaba por
liberar informações privilegiadas sobre um grande negócio...só para não ter que terminar com a moça cara a cara...sentiram o nível da maturidade desse rapaz. Mas, nem só de vacilos se constitui o Ed. Ao longo da história vemos nele características que nem mesmo ele conseguiu perceber que possui.
Mas, o grande barato dessa história toda é que não há grande tragédia evidente, não há segredos obscuros, nem grandes mocinhos ou terríveis vilões, resumindo, sem dramalhões. Há a vida, com suas múltiplas caras e situações. Situações essas que não falarei aqui porque seria spoiler. E spoilers são o que?! São desagradáveis rs.
Ah, e para arrematar a fofurice master dessa história, tem cachorro na família, gente...e não dá para não amar o Norman e sua má educação.
Gostaram?! Eu gostei muito... até.
(Resenha escrita por: Milena)