Nome: Por que Indiana, João?
Autor: Danilo Leonardi
Páginas: 208
ISBN: 9788578552381
"Você pode pensar que, aos quinze anos, João já deveria estar acostumado com provocações, apelidos e humilhações. Afinal, ele é um típico adolescente deslocado e tímido. Alvo perfeito para a ira dos valentões e para o desprezo das garotas. Mas sua vida muda completamente quando reage a um ataque de seu maior algoz. O golpe de sorte que derruba o valentão é gravado e vira hit na internet. João se vê finalmente admirado, respeitado e seguro. Mas tudo tem seu preço e João vai aprender qual o peso que suas escolhas podem ter não só sobre sua vida, mas sobre as vidas de todos ao seu redor. “Por que Indiana, João?” é o livro de estreia de Danilo Leonardi, editor do canal “Cabine Literária” e parte de uma história quase comum para falar sobre algo que não deveria ser tão comum assim e que faz parte da vida de muitos adolescentes, jovens e até de adultos: o bullying."
Quando
peguei este livro, tudo nele me chamou a atenção a capa, o título e o autor
(criador do Cabine Literária). Vi muita gente falar bem dele nas redes sociais
e resolvi comprar na Bienal do Livro de São Paulo, já que o Danilo estava lá
autografando.
Neste livro
iremos acompanhar um pouco da história de João Galeto, um garoto de 15 anos, que cursa
o segundo ano do ensino médio em uma escola de São Paulo e que é alvo de
bullying entre seus colegas de sala. João é aquele garoto nada popular, nerd, com poucos amigos para conversar
na escola, e que senta no chão na hora do intervalo, pois ninguém o quer por
perto, só tem interesse nele na hora da prova.
Num certo
dia, ele resolve chamar uma garota popular na sua escola para ir ao cinema, mas
o que ele não sabia é que ela já estava saindo com Guilherme, “O Popular”, o
que mete medo nos outros garotos, o que “manda” em todos, e é claro Guilherme
não ia deixar barato com João. Eles marcam uma briga, na sala de aula.
Mas, o
inesperado acontece, ele revida os insultos de Guilherme, e seu amigo Daniel
acaba gravando tudo e posta no canal de games que tem com João. O vídeo, é
claro, acaba sendo um sucesso, com muitas visualizações e todos se viram contra
Guilherme e começam a admirar João como um Herói. Ele passa a ser famoso e com
isso perde algumas amizades, suas opiniões acabam virando polêmicas e dando “o
que falar” na televisão e redes sociais.
Mas cada
pessoa que irá passar pela vida de João nesta história, irá moldar um pouco sua
vida, ajudando-o a mudar suas opiniões sobre diferentes sentimentos.
O livro em
si trata de um assunto bem polêmico, o Bullying, os professores na sala de
João, não dão a mínima pelas agressões verbais e físicas que os alunos sofrem
na sala, alguns até dão risadas.
"-A minha essência é ter a cabeça enfiada dentro da privada, é ver meus colegas pisando e tirando vantagem de mim! Eu não gosto mais de quem eu costumava ser! Se tem uma coisa que o "filme bobo" me ensinou é que não importa o que pensam de mim, eu posso ser quem eu quiser!" (João, página 71)
Um dos únicos
pontos fracos do livro é que eu achei que faltou um pouco de exploração em
algumas cenas, que poderiam ser bem mais descritas e aprofundadas, mas nada que
atrapalha na leitura, que é bem rápida e prazerosa.
Minha
avaliação ficará como 4 estrelas, mas eu adorei o livro, e espero que vocês
também gostem, além do mais estamos ajudando novos autores brasileiros!
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Achei a premissa do livro interessante, mesmo que utilize alguns clichês durante seu desenvolvimento, como o vídeo que torna o personagem conhecido, o Danilo até explicou de onde veio a inspiração e achei válido, mas o tema é muito importante de ser abordado, mostrando como o bullying é capaz de transformar a vida das pessoas, quero acompanhar pelo que João passa e descobrir o que irá mudar quando ele revidar a agressão, quanto ao desenvolvimento das cenas também acho fundamental quando as mesmas são bem desenvolvidas, nos motivando e mostrando um certo aprofundamento no tema, uma pena que certas cenas não foram tão bem trabalhadas assim.
ResponderExcluirOs livros nacionais, tem sido sempre grandes surpresas, nossos autores estão cada vez mais talentosos. Achei muito interessante o fato de usar acontecimentos da vida real, na história.
ResponderExcluirGostaria muito de lê-lo. E acho que profissionais da educação deveriam lê-lo também.
♫ Conversas de Alcova ♫
Estou vendo muitas resenhas positivas desse livro, o que me deixa com mais vontade de lê-lo, pois além de amar o escritor eu li o primeiro capítulo e fiquei muito interessado e essa capa também é linda de morrer!
ResponderExcluirAlgums livros nacionais tem nome muuito diferentes ate filme isso acontece!
ResponderExcluirPara falar verdade não curti muuito mais achei a historia bem legal!
E não conhecia o autor!
BLOG- http://b-maluco.tk/
INSTRAGRAM- http://instagram.com/omundodejess
weheartit- http://weheartit.com/Gikura_Viey
Olá, tudo bem? Li esse livro também e não entendo o
ResponderExcluirestardalhaço que se tem feito em cima dele. É um livro comum, com uma linguagem
mais que comum, para um leitor mais que comum e com uma narrativa que tende ao
vazio de cenas. Não que o autor não saiba escrever, longe disso, mas não vejo
nada de inovador na linguagem do livro e nem na forma em que o assunto foi
abordado, como se tem dito em algumas resenhas. Sem contar que a classificação
do livro poderia ser infanto-juvenil em vez de Young Adults (YA), (se bem que o que difere uma coisa da outra é muito tênue),
mas os leitores ávidos de autores como Pedro Bandeira, ou qualquer livro da
série VAGA-LUME, certamente sentiriam falta de uma certa densidade na
narrativa, uma amarração menos preguiçosa dos capítulos. "Mas o narrador tem 15 anos, dá um desconto". Isso não é motivo para os lapsos de um capítulo a outro. Às vezes, dava
impressão que as personagens estavam conversando num imenso vazio, num fundo branco. Penso que facilitar para o leitor não é retirar da narrativa as descrições, tudo com
medo de o leitor desistir da leitura. Existem formas e formas de descrever, e
retirar da narrativa o máximo possível de descrição para agradar um leitor
certamente preguiçoso é algo que beira a vergonha. Um livro comum, com um tema
legal, abordado com características de uma história de filmes americanos sobre
o tema.
Olá Lino, bom, o livro, na minha opinião está fazendo um pouco de sucesso por se tratar de um problema em que vários jovens da mesma idade que o João passam, o bullying, e as pessoas que passaram ou passam por isso, acaba se identificando com ele, vendo como passar por isso de um ponto de vista diferente. Também não acho justo comparar um autor novo, com autores mais experientes, e sinceramente, prefiro a escrita do Danilo à escrita do Paulo Coelho. E sim, faltaram explorações nas cenas, não vou discordar disso, mas acredito que, o autor não escreveu o livro pensando nele em uma maneira mais complexa, e sim para ser uma diversão literária para quem está lendo, entende? Por ser um livro YA, o autor conseguiu passar que é um narrador de 15 anos que está nos contando sua história. Uma coisa cheia de detalhas se torna sim cansativa, e isso não é uma característica de uma pessoa que está no ensino médio.
ExcluirEspero que tenha entendido a minha opinião, mas que pena que você não gostou.
Até mais e obrigado por comentar!
Oi, Tudo bem? Entendo, sim, sua opinião. Também não gosto de Paulo Coelho. E minha comparação não foi com autores como Pedro Bandeira, mas sim que os leitores desse autor sentiriam falta de algo mais denso referente à linguagem ao ler “Por que Indiana, João?”. Claro que não falo de escrever como um Machado de Assis, mas deixar o texto cru por usar um narrador de 15 anos não é argumento. E o fato de ser novato não justifica isso, já que Pedro Bandeira foi iniciante um dia e escrevia bem já naquela época de início de carreira. Se o autor escrevesse tão bem quanto faz os vídeos-resenhas quem sabe teria realmente feito algo melhor. E não creio que o argumento da identificação de pessoas que sofrem bullying seja um fato irrefutável e que justifique esse relativo sucesso.
ExcluirA linguagem desse livro não é fácil, é crua, vazia e preguiçosa. Excesso de detalhes irrita sim, mas a falta dele torna uma narrativa num roteiro. As personagens saem de uma cena para outra de forma abrupta. O leitor só percebe isso umas dez linhas depois.
Grande abraço. Parabéns por seu trabalho!
Sucesso sempre!
Lino Vasconcelos