Resumo:
Com a chegada iminente da Amazon ao Brasil, a ANL (Associação Nacional de Livrarias, uma
associação de classe) discute como levar adiante a Lei do Preço Fixo, onde as
editoras estabeleceriam o preço máximo que as livrarias poderiam cobrar pelas
obras. O medo é que as estratégias agressivas de vendas da Amazon quebrem
principalmente as pequenas e médias livrarias, que já apresentam queda no
faturamento desde 2012. Na França, onde a Amazon também começou a operar e em
seguida foi promulgada a Lei que proibia descontos acima de 5% e frete grátis,
o Amazon contra-atacou oferecendo o frete por 1 centavo, sendo destaque
internacional.
A ANL cita diversos países onde já existe a Lei do
preço fixo, como Alemanha, Bélgica, Dinamarca e Espanha (fonte).
Minha
opinião:
Vejo um crescimento incrível do mercado de livros
nos últimos anos: antes das compras pela internet, as recomendações de novos
títulos também eram mais difíceis e as opções de locais para comprar,
limitadas. Agora vejo uma leva de incríveis leitores e compradores, que tem
opções e, quando tem pressa, vão a uma loja física. A vinda da Amazon
beneficiaria principalmente a nós compradores, que temos que equilibrar o
orçamento e as compras. A Lei do preço fixo estipularia na editora o preço
máximo e impediria descontos como os que vemos no Submarino, Fnac, Cultura,
prejudicando também essas lojas. A longo prazo pode ser benéfico, mas
precisaríamos de um mercado maduro e mesmo as lojas físicas precisariam de um
bom tempo para se adaptar: com a equalização da concorrência e os preços altos
para todos, tenho certeza que haverá uma alta nos preços médios e,
consequentemente, queda na demanda imediata.
Alguém já leu “A revolta de Atlas”, de Ayn Rand? Essa
intervenção não lembra várias passagens do livro?
Eles querem proteger as livrarias físicas, mas não percebem que uma atitude como essa causaria o aumento do preço e a queda da compra de livros.
ResponderExcluirAs livrarias físicas têm é que comprar em grande quantidade para se tornarem competitivas; proibir quem faz bem porque você faz mal é, no mínimo, medíocre.
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