11 dezembro 2011

Como gosto de sangue...


Eu não sabia exatamente o que esperava daquele presente. Fiquei o observando por uns segundos sem saber o que pensar. Era simples, era lindo... Perfeito. Uma gargantinha com a corrente traçada de couro parecia que ela tinha sido feita a mão. Eu a tirei de dentro da caixinha para melhor ver o pingente, um papel dobrado que estava dentro da caixa caiu no chão, eu o peguei e desdobrei. A caligrafia era completamente bagunçada e algumas palavras até não davam para ler, mas eu conhecia aquelas letras, como conhecia a mim mesma.


“Não importa o que aconteça,

Não importa onde você esteja.

Meu coração sempre vai estar com você

E eu vou te amar eternamente...”


Quando terminei de ler lagrimas caíram dos meus olhos e mancharam a folha de papel. Guardei a gargantinha e o bilhete de volta na caixinha e coloquei num lugar que eu não pudesse mais vê-la, pelo menos naquela noite.
Ainda era cedo e eu não estava com sono, pequei meu ipod e deitei-me na cama, perdida em pensamentos fui pega de surpresa...
Eu estava na floresta, à escuridão pairava sobre mim e estava muito frio. Como eu tinha ido parar ali?
Eu caminhava sem saber exatamente aonde ir. Enquanto eu andava ouvia gritos um pouco distante, resolvi correr na direção deles.
Eu não consegui acreditar, não podia ser verdade, ela ia matá-lo. Uma vampira –ser que a pouco tempo eu descobri existir- ia matar o homem que eu amava,mesmo que nós estivéssemos brigados,eu ainda o amava.Nesse momento eu senti todas as minhas forças desaparecerem, de repente, eu não conseguia mais me mexer, estava fraca.
Ele olhou pra mim de um jeito triste e nos seus olhos havia um pedido de ajuda, mas eu não podia fazer nada.
As lagrimas escorriam pelo meu rosto sem parar, meu coração batia desesperadamente e eu estava completamente paralisada, pressa no lugar.
Ela parou de lutar por um instante como se tivesse dando uma chance pra mim, mais não o soltou.
Symon sorriu pra mim, um sorriso triste e ao mesmo tempo feliz.
-Isabell – ele falou – Me... desculpe – As palavras saiam de sua boca mais baixas que um sussurro.
-Solta ele! – gritei.
Ela apenas sorriu e balançou a cabeça num movimento negativo.
-Symon eu... Eu não – Comecei a falar entre lagrimas.
-Eu sei – Disse ele ainda sussurrando.
-Eu te amo – falei.
Ele fechou os olhos e sorriu depois os abriu novamente cheio de lagrimas.
-Eu também amo você e sempre vou amar – falou.
Nesse momento andei até ela e tentei tira-lo de suas mãos, porem ela me empurrou para longe e eu devo ter batido a cabeça em alguma coisa, pois, eu estava tonta e minha vista estava turva. Foi tudo tão rápido, que num minuto depois ela apertou o corpo dele com força e eu pude ver a agonia estampada em seu rosto.
-Não! Não! – gritei mais ela parecia se alegrar ao ver meu desespero sem poder sair do lugar.
E então aconteceu o que não queria o que me faria sofrer a vida inteira.
Com um golpe rápido ela o atingiu e seu corpo inanimado caiu no chão.


Esse foi o primeiro conto do blog, espero que tenham gostado!
Beijos.

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1 comentários. Comente Também!:

  1. Incrível esse conto,é possível entender toda emoção passada nele.Fiquei triste porque ele morreu,mas nem todas histórias tem um final feliz.

    http://variedadesdecoisasparagarotas.blogspot.com.br/

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